Claro que eu votarei em quem Lula mandar
dom, 10/06/2018 - 10:22
Claro que eu votarei em quem Lula mandar, até mesmo como forma de protesto contra o golpe e os prepostos do Império tipo os miShell da vida, bem como em gratidão ao ex-presidente e como forma de grito contra sua prisão injusta, arbitrária e política.
Jornal GGN - A prisão do ex-presidente Lula não resolveu o problema do partidarismo da justiça, o ex-presidente ainda carrega grande poder de influência no processo eleitoral. A conclusão é do Datafolha que, em pesquisa, mostra que 30% dos eleitores dizem que votariam, com certeza, em candidato indicado por ele, e somente 17% talvez o fariam. É muito.
Já 51%, na contramão, dizem que o apoio de Lula a um candidato os levaria a rejeitar esse nome. O que não esmorece a intenção do PT em registrar a candidatura de Lula apesar da prisão e pelo fantasma da Lei da Ficha Limpa pairando por perto.
De todo jeito, a pesquisa demonstra que Lula seria um fator determinante nesta eleição: seja como candidato ou como apoiador.
Mas, mesmo que os 51% digam que rejeitariam nome indicado por Lula vale analisar o apoio de outros personagens de nossa história: o candidato que Fernando Henrique Cardoso apoiar vai ter que se livrar dos 65% dos eleitores que rejeitariam uma indicação do ex-presidente tucano. E, no caso de Temer, a rejeição a qualquer candidato que ele apoiar sobe para estratosféricos 92%.
Um terço dos eleitores acham que o ex-presidente Lula deveria apoiar Ciro Gomes (PDT), caso seja impedido de concorrer as eleições deste ano.
O quadro fica disperso quando a pesquisa aponta cenários sem Lula como candidato. De acordo com o Datafolha, 45% doseleitores votariam em branco, anulariam o voto ou não escolheriam ninguém caso o substituto fosse Haddad. Marina Silva (Rede) herdaria 17% dos votos e Ciro, 13%.
O certo é que a prisão de Lula não facilitou a vida de seus adversários, ao contrário, eles ainda encontram dificuldades para conquistar eleitores. Na pesquisa Datafolha da semana passada mostra que Lula ainda leva 30% das intenções de voto e mais de um terço dos eleitores sem opção quando analisam o cenário sem ele.
A pesquisa contou com 2.824 entrevistas em 174 municípios e foi feita após a paralisação dos caminhoneiros.