sábado, 16 de junho de 2018

Completa o desmonte, com a Petrobras também fora da petroquímica, por Luis Nassif



Antes de pedir demissão da Petrobras, Pedro Parente completou sua obra: não apenas pretendeu tirar a empresa do refino, como afasta definitivamente do setor petroquímico.
A petroquímica sempre exigiu escala. No período militar, consagrou-se o modelo tripartite – 1/3 de capital estatal, nacional e estrangeiro. Os negócios da privatização pulverizaram o setor em empresas menores. Seguiu-se uma dura disputa que acabou permitindo um novo redesenho. Depois de uma disputa entre grupo Ultra e Odebrecht, consolidou-se a Braskem tendo como acionista a Petrobras.

Agora, vira-se o jogo.
Primeiro, a Lava Jato quebra as pernas da Braskem.
A Odebrecht negocia, então, a venda da empresa para o grupo holandês LyondellBasell. Como maior acionista minoritária, a Petrobras deveria ter direito de preferência. No entanto, abre mão e anuncia que aceitará o tag alone estendido aos minoritários – isto é, irá vender pelas mesmas condições do controlador.