Depois de um chanceler respeitado, como Celso Amorim, temos a cadela Aloysio Nunes, no cio por sinal.
Aloysio já tem cara de vira lata: é da natureza dele e do golpe dado por essa elite assassina, sovina, colonial e escravista
.
A Venezuela, maior campo de petróleo do mundo, só ainda não caiu pq as Forças Armadas, povo e governo se armaram e ficaram atentos quanto as artimanhas e tramóias do imperialismo, o oposto da nossa esquerda que, no poder optou pelo republicanismo e pela conciliação de classes o que, com a prisão ilegal de Lula, provou que só funciona até o dia em que a elite assassina quer: a Condor da conexão Dalanhol-EUA-Moro-Globo-miShell e penduricalhos, que não são poucos, estào abanando o rabinho para Pence...
Folha de S. Paulo – 28/2/2002
Um critério inusitado virou termômetro da importância que os EUA dão aos demais países no cenário internacional: a diplomacia dos sapatos.
Desde que o inglês Richard Reid foi preso em dezembro passado tentando detonar explosivos em seu tênis num voo entre Paris e Miami, alguns ministros de Relações Exteriores foram obrigados a remover seus sapatos para inspeção ao passarem pela segurança de aeroportos durante visitas oficiais aos EUA.
A lista dos “chanceleres descalços” inclui o brasileiro, Celso Lafer, e o russo, Igor Ivanov. Mas não se limita a homens. A chanceler chilena, Maria Soledad Alvear Valenzuela, submeteu-se ao mesmo constrangimento quando embarcou de Miami para Washington, em janeiro passado, para negociar uma zona de livre comércio entre os dois países.
Diplomatas do Brasil e da Rússia queixaram-se, de formas e em graus diferentes, ao Departamento de Estado. Alegaram que esses episódios ferem princípios do direito internacional e regras de protocolo. Acima de tudo, alegaram os dois países, existiria uma seletividade perversa no rigor antiterror dos aeroportos norte-americanos: os EUA estariam poupando do constrangimento ministros de governos mais afinados com a Casa Branca.
Segundo apurou a Folha, a “diplomacia dos sapatos” divide os chanceleres em três grupos distintos. Além dos ministros que são obrigados a removê-los, há aqueles que são dispensados não porque são chanceleres, mas por motivos aleatórios. O exemplo típico é o do ministro das Relações Exteriores da Argentina, Carlos Ruckauf, que ficou livre do embaraço por não ter caído na malha fina dos seguranças do aeroporto de Miami, de onde embarcou para Washington em busca de dinheiro do FMI (Fundo Monetário Internacional).
O terceiro grupo, o dos privilegiados, é composto por chanceleres que recebem tratamento especial nos aeroportos. São escoltados ou recebem autorização para passarem somente por máquinas de raio X.
“Nosso chanceler (Jack Straw) chegou aos EUA no dia 30 de janeiro, e nosso consulado em Nova Iorque encarregou-se de sua liberação para o voo seguinte, para Washington”, disse à Folha Alex Hawl, da embaixada britânica em Washington. Tratamento idêntico ou similar foi dado aos ministros de Relações Exteriores canadense, William Graham, e mexicano, Jorge Castañeda, quando vieram a Washington.
No caso de Lafer, o protesto brasileiro foi manifestado diretamente ao chefe da sessão de América Latina do Departamento de Estado, Otto Reich, durante recepção na residência oficial do embaixador brasileiro em Washington, Rubens Barbosa.
A recepção ocorreu na noite do dia 30 de janeiro, e o próprio Lafer estava presente. Barbosa relatou a Reich o constrangimento de Lafer. Reich pediu desculpas, prometeu que pensaria no assunto, mas falou do difícil contexto criado pelos atentados. Explicou que o Departamento de Estado não tem autoridade sobre a segurança interna dos aeroportos dos EUA.
Horas depois, em 31 de janeiro, quando embarcava para Nova Iorque do aeroporto Ronald Reagan, em Washington, Lafer teve que tirar novamente os sapatos e entregá-los a uma agente de segurança. Ficou descalço (e muito irritado) por alguns minutos.
No total, Lafer foi obrigado a tirar os sapatos três vezes. Ele fora a Washington tentar convencer o governo Bush da posição brasileira no conflito comercial entre os dois países envolvendo exportações siderúrgicas [destaque do Limpinho].
O problema com o russo Ivanov ocorreu no aeroporto Logan, em Boston. O chanceler do ex-adversário dos EUA na Guerra Fria ficou descalço (e também muito irritado) na frente de outros passageiros de um voo comercial.
Os ministros “descalços” são de países aliados dos EUA. Não fazem parte do “eixo do mal” (Irã, Iraque e Coreia do Sul) de Bush e vieram aos EUA cumprir agendas que incluíam encontros com o secretário de Estado, Colin Powell. Um ministro das Relações Exteriores não é um viajante comum. Além de ter imunidade diplomática, representa a imagem e o interesse de governos estrangeiros.
Diplomatas russos e brasileiros com os quais a Folha falou concordam que, pelas circunstâncias atuais, os EUA têm o direito de exigir dos ministros estrangeiros que passem com suas malas por máquinas de raio X. Nos dias de hoje, disse um desses diplomatas, ninguém pode garantir que sua bagagem de mão esteve protegida durante todo o tempo. O problema, dizem eles, estaria na obrigação de tirar os sapatos.
Consultado pela Folha, um porta-voz do Departamento de Estado disse entender a irritação dos ministros estrangeiros. Informou que, depois do episódio envolvendo o chanceler russo, o subsecretário de Estado Richard Armitage ficou “indignado” e iniciou gestões para compatibilizar a segurança nos aeroportos, que não é subordinada a Powell, ao protocolo recomendado em viagens de autoridades estrangeiras.